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Polygonatum odoratum |
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Polygonatum odoratum |
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Primula vulgaris |
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Primula vulgaris |
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Helleborus foetidus |
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Euphorbia characias |
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Allium neapolitanum |
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Akebia quinata |
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Cercis siliquastrum, uma olaia à saída |
Sempre comparei o Jardim botanico de Universidade de Lisboa a um belo palácio ou catedral, mas sem nada lá dentro, como se fosse um magnifico conjunto arquitectónico ao qual falta o recheio interior, o pormenor dos elementos decorativos. Temos um conjunto impressionante de árvores, algumas centenárias e de porte majestoso, mas depois quase nada de interesse num estrato mais herbáceo. Falta pormenor, falta atenção e detalhe a este jardim. Poder-se-ia chamar apenas de "arboreto da universidade Lisboa", que ninguém iria contestar o nome. As colecções estão paupérrimas, é quase impossível atravessar o jardim da "Classe" sem sentir um desconforto de orgulho ferido, tal é a pobreza do que lá se apresenta. É necessária muita persistência para encontrar uma flor neste jardim, é preciso procurar entre as ervas daninhas para encontrar aquilo que resta da colecção. O Jardim sofre claramente de uma falta de atenção crónica por parte dos seus responsáveis e por parte da autarquia. O Jardim necessitava de uma mudança urgente de paradigma na sua organização e estrutura, na maneira de fazer as coisa. O bem-estar das plantas e a sua diversidade tem que ser a principal preocupação de um jardim botânico. Sei que o jardim vive com graves restrições orçamentais, mas também sei que, neste caso, não será atirando-se rios de dinheiro para a sua gestão que se resolve os problemas do jardim. São obviamente as sucessivas direcções do botânico que estão em falta para com ele, é o descuido diário e falta de dedicação. O jardim precisava de sangue novo, de um director que se dedicasse única e exclusivamente à causa...que metesse mãos à obra, que fosse o próprio a cuidar fisicamente das plantas. E também, obviamente, que fosse acompanhado de uma equipa de jardineiros mais qualificados e permanentes.
No jardim botânico de Lisboa quase não existem representantes da flora nacional, para alem de alguns arbustos e árvores: não existem nenhumas das espécies de narciso autóctones (e devia existir em grandes quantidades), não existem fritilarias, não existe a nossa tulipa...etc.
Muitas mais coisas poderiam ser ditas sobre os problemas do jardim botânico, mas estamos em Março, a Primavera está aí, e embora não deixando de pensar nestes mesmos problemas, consegui focar-me nas coisas bonitas do jardim e fazer algumas fotos do melhor desta Primavera.
E que tal o envolvimento de voluntarios? Nao substitui direcao mas ajudava ultrapassarfalta de verba. Requer uma organizacao q n temos pratica de em Portugal, mas creio q n faltavam lisboeatas q queriam dedicar umas horas p mes ao jardim botanico.
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