Memoria de um dia de chuva
"Helleborus' walk" |
Euphorbia, Echinops, Pennisetum, |
Canteiros da frente com Punica granatum, Helleborus, Aquilegia |
Rosa rugosa, Cyclamen coum, Geranium oxonianum, Heuchera 'Palace Purple' |
Dezembro chegou frio e com alguma chuva, tempestuoso como os Dezembro da infância. Entrou no jardim repondo a água em falta, enchendo os poços, alimentando aquíferos, devolvendo alento ao jardineiro. E assim quase se esquece a seca, que ainda há pouco lavrava nos campos e que agora parece distante. Estorninhos anunciam o tempo de advento, os piscos vieram ao Sul para o Inverno e os corvos gritam a chegada de mais chuva. Mas, é o Natal que se sente já na aldeia, são as noites longas e o tempo que se passa à lareira. As noites que gelam os campos, que se revelam brancos de geada pela manhã, e o jardim que se transforma a cada dia de chuva.
O jardineiro que se senta à lareira e se conforta por ouvir o som da chuva lá fora, que sabe que o seu trabalho tem na natureza o melhor aliado, esse é o jardineiro feliz. Aquele que acabou mesmo a tempo das chuvadas de plantar os últimos bolbos e espera agora, confiante, pela próxima Primavera. Mas, há sempre aquele ultimo saco de narcisos a secar na prateleira do supermercado...há sempre espaço para mais uns quantos no jardim, e assim se perpetua a inglória tentativa de fechar a época de plantação das bolbosas.
Dezembro é de novo o silencio dos grandes espaços e do jardim aberto, agora despido aos elementos. E mostra-se escasso, quase anulado pelo desaparecimento das folhas à nossa volta. E mesmo a mim, que acompanhei a mudança da Estação, consegue confundir, tal a transformação no que vejo.
Que surjas sempre frio e tempestuoso, ó Dezembro.
O jardineiro que se senta à lareira e se conforta por ouvir o som da chuva lá fora, que sabe que o seu trabalho tem na natureza o melhor aliado, esse é o jardineiro feliz. Aquele que acabou mesmo a tempo das chuvadas de plantar os últimos bolbos e espera agora, confiante, pela próxima Primavera. Mas, há sempre aquele ultimo saco de narcisos a secar na prateleira do supermercado...há sempre espaço para mais uns quantos no jardim, e assim se perpetua a inglória tentativa de fechar a época de plantação das bolbosas.
Dezembro é de novo o silencio dos grandes espaços e do jardim aberto, agora despido aos elementos. E mostra-se escasso, quase anulado pelo desaparecimento das folhas à nossa volta. E mesmo a mim, que acompanhei a mudança da Estação, consegue confundir, tal a transformação no que vejo.
Que surjas sempre frio e tempestuoso, ó Dezembro.
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